Na Festa LiteroMusical (FLIM) de SJCampos, de 2024, tive contato com a poeta indígena Eva Potiguara. Ela é representante da resistência e da resiliência de um povo que mantém uma relação de harmonia com a Natureza e que tem grande importância para a preservação de nossas florestas e sofre uma perseguição criminosa e covarde de mineradores e do agronegócio no Brasil. Para o seu livro: ABYAYALA MEMBYRA NHE’ENGARA – Cânticos de uma Filha da Terra, fez uma dedicatória pra mim em Tupi. Abaixo, transcrevo um poema dela.
TRANSMUTAÇÃO
Se me enterrarem no chão,
Brotarei florestas de madeira.
Se me jogarem em alto mar,
Ressurgirei Mãe D’Água guerreira.
Se me atirarem mil vezes no ar,
Renascerei ave sementeira.
Se me lançarem ao fogo,
Voltarei caipora justiceira.
Eva Potiguara
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