UM POEMINHA CINQUENTENÁRIO
Esse poeminha está fazendo 50 anos. Estava com 17 anos quando o escrevi. Tenho ainda a folhinha amarelada e a anotação do poeta Darci Brasil (poeta da cidade), apontando que foi o primeiro lugar, o que mais gostou de um bloquinho que lhe mostrei. O poeminha sobreviveu ao Tempo, de ser perdido, ou às vezes, com o saudoso amigo Beto Iemini, fazíamos fogueiras com os nossos poemas.
Me arrependo e não dá para pra fazer “undo”, como no computador. Me arrependo, não porque eram grandes obras, mas refletiam os nossos sentimentos e a alma daquela época. Teria muito prazer em reler agora.
Bukowsky tem um poema em que conta que bebia vinho com o amigo Li Po na beira do rio, e o seu amigo queimava os poemas que havia escrito. Era fim de tarde e os poemas eram tocados pelo vento, flutuavam sobre as águas e iluminavam o início da noite. Acrescento que esses poemas de Li Po insistiam em expressar alguma coisa e cumpriam a sua missão para que nasceram.
LFR

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